sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Desigualdade Social e Banditismo

Comentário baseado no vídeo a seguir  - Por Luiz Carlos Prates ( no Youtube!)
Muitos Julgam que Luiz Carlos Prates tem opiniões reacionárias e exageradas. Entretanto, discordo desta concepção. Lógico que em certas ocasiões, existe sim nos comentários dele esse ranço. Mas, muitas vezes, ele é cirúrgico em suas intervenções.
Aqui deixo um exemplo.

Nesse caso, em particular, como morador de favela a mais de 30 anos, sou prova viva que pobreza, dificuldades, obstáculos podem SIM e SÃO vencidas diuturnamente por milhares de brasileiros pobres que não ingressam na marginalidade, no banditismo.

Em pleno século XXI, admitir que a pobreza gera a violência mostra uma ignorância infinita em relação ao tema. É como tenho visto em telejornais, no caso da Rocinha, a famosa história do líder do tráfico, ser o "Hobin Hood"; o bom moço, o que atende a comunidade. 
Falácia. 
Nada mais tosco e sem noção que sustentar uma besteira dessa. Tem um Livro - o Mito da Marginalidade - J. Person (perdoe se erro o nome da autora!) que nos anos 80 já desconstrói essa imagem.

A educação é o caminho para nos livrar de uma das maiores desgraças do subdesenvolvimento:  a deficiência em ter uma sociedade em sua maioria pensante; questionadora; participativa. Associar oportunidades de trabalho e renda a nossa população + uma educação de qualidade é a meta a ser alcançada nesse novo Milênio. A redução da criminalidade passa necessariamente pela conjugação destes 2 fatores.

Para encerrar essa breve reflexão,Prates está corretíssimo na sua análise. Os pobres tem muito mais obstáculos que os abastados para ser alguém na vida? Sim.
Fato Incontestável.
Mas, delegar a pobreza, única e exclusivamente, a criminalidade é de uma tolice ímpar.
Principalmente nas grandes metrópoles, não é segredo para ninguém que são os estudos e a qualificação que podem tirar a maioria das pessoas da miséria. Falta muitas vezes vontade. 
O que eu vejo de gente jovem, saudável, bonita, que não correm atrás de estudar e aprender por pura preguiça e vagabundagem me irrita.
Está dado o recado!

NOITE DE TALENTOS 2011 - Recado - Por Marcio Bezerra

A partir das 18hs de Hoje, teremos no Centro Educacional 5 de Julho, mais uma grande festa. 

A nossa tão aguardada NT 2011 - NOITE DE TALENTOS 2011.

Você é nosso convidado! Alunos e Alunas, Srs pais e responsáveis, amigos e amigas, namoradas e namorados, ex-alunos... enfim venham e prestigiem.

Mais Tarde, um post aqui no blog sobre o que "rolou" na festa!
Te espero lá!
Prof. Marcio Bezerra - Geografia

AVISO : ENCERRADO

Tanto o Teste Virtual 5J como o Recebimento de emails resumos estão com prazo esgotados.
Foram finalizados.

O que realizaram as tarefas tem sua nota no próprio blog - parte da nota de teste.

Os resumos e pesquisas estarei respondendo os emails de volta a partir de hoje - vc receberá um OK se tudo estiver de acordo - nota máxima na tarefa do email: algumas turmas foram 10 pontos outras 15 pontos.
o OK significa pontuação máxima. Caso não seja, envio a nota descontada para o aluno/ a aluna do supracitado.

AVISO 02:
QUALQUER DÚVIDA OU RECLAMAÇÃO DOS TRABALHOS VIRTUAIS: 
POST UM COMENTÁRIO NESSE ITEM ARGUMENTANDO o porque de sua reclamação ou dúvida. Questionamentos de notas sem nenhuma base argumentativa, fato ou ponto real e sólido para debater será perda de tempo.

Sorte e Boas Provas a todos.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Sei Direitinho o que Faz Bem e o que Faz Mal pra Minha Saúde - Por Luis Fernando Verissimo.

Acho a maior graça. Tomate previne isso, cebola previne aquilo, chocolate faz bem, chocolate faz mal, um cálice diário de vinho não tem problema, qualquer gole de álcool é nocivo, tome água em abundância, mas não exagere...
Diante desta profusão de descobertas, acho mais seguro não mudar de hábitos.
Sei direitinho o que faz bem e o que faz mal pra minha saúde.

Prazer faz muito bem.
Dormir me deixa 0 km.
Ler um bom livro faz-me sentir novo em folha.
Viajar me deixa tenso antes de embarcar, mas depois rejuvenesço uns cinco anos.
Viagens aéreas não me incham as pernas; incham-me o cérebro, volto cheio de idéias.
Brigar me provoca arritmia cardíaca.
Ver pessoas tendo acessos de estupidez me embrulha o estômago.
Testemunhar gente jogando lata de cerveja pela janela do carro me faz perder toda a fé no ser humano.
E telejornais... os médicos deveriam proibir - como doem!
Caminhar faz bem, dançar faz bem;
Ficar em silêncio quando uma discussão está pegando fogo, faz muito bem! Você exercita o autocontrole e ainda acorda no outro dia sem se sentir arrependido de nada.
Acordar de manhã arrependido do que disse ou do que fez ontem à noite é prejudicial à saúde!
E passar o resto do dia sem coragem para pedir desculpas, pior ainda!
Não pedir perdão pelas nossas mancadas dá câncer, não há tomate ou mussarela que previna.
Ir ao cinema, conseguir um lugar central nas fileiras do fundo, não ter ninguém atrapalhando sua visão, nenhum celular tocando e o filme ser espetacular, uau!
Cinema é melhor pra saúde do que pipoca!
Conversa é melhor do que piada.
Exercício é melhor do que cirurgia.
Humor é melhor do que rancor.
Amigos são melhores do que gente influente.
Economia é melhor do que dívida.
Pergunta é melhor do que dúvida.
Sonhar é melhor do que nada!

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

AVISO AOS NAVEGANTES - Teste Virtual 5J

Só para relembrar aos desavisados:

O prazo final para as postagens será dia 17; (AMANHÃ), as 23:59hs.

Como todo bom brasileiro, deixaram para postar no final do prazo. Se a nota a partir de amanhã demorar a sair, não se desespere: aprovarei todos os comentários do post e depois, com calma, posto as notas de quem fizer a tarefa.

OBS: É importante que vocês voltem ao blog para conferir suas notas. Até mais e...
Sucesso e Força Sempre pra todos nós!

sábado, 12 de novembro de 2011

Desenvolvimento? - por Carlos Alberto Rabaça

FONTE: Jornal o DIA - odiaonline - 12/11/2011


RIO - O Brasil avançou uma posição, em relação a 2010, no ranking do ‘Índice de Desenvolvimento Humano’. É o 84º entre 187 países. O avanço lento resulta da falta de investimento na educação e saúde. Os valores variáveis, medidos pelo indicador da ONU, são a expectativa de vida, anos médios de estudo e renda nacional bruta.

Enquanto a renda nacional
per capita teve crescimento de 32 %, de 2000 a 2011, na educação os anos médios de estudo dos cidadãos, acima de 25 anos, teve um crescimento de 28,6 %, no mesmo período. A expectativa de vida escolar caiu de 14,5 para 13,8 anos. Na saúde, a possibilidade de vida ao nascer passou de 70,1, em 2000, para 73,5, em 2011. O progresso na educação e na saúde foram menores do que os avanços na renda, razão de uma desigualdade social que nosso país não consegue superar.

Alunos não têm as ferramentas básicas para prosseguirem nos estudos. Falhas na alfabetização são gritantes. Mais de 40 % dos alfabetizados não sabem ler e escrever. Boa parte sai da escola antes de terminar o Ensino Fundamental. Desperdiçamos a força jovem sem ver o custo econômico, sem permitir terem renda e que sejam trabalhadores capacitados.


Não temos o que comemorar. Os contrastes no país são assustadores. As elites econômica e política urbanizaram-se, mas não se civilizaram. Apesar do exercício democrático, muitos brasileiros estão longe de uma vida digna. Nossa República e cidadania deixam a desejar. Os dirigentes se esquecem que desenvolvimento não é um processo somente econômico, mas um processo econômico-cultural que só será alcançado quando a educação deixar de estar à retaguarda do crescimento. Urge a criação de uma cultura que não seja o privilégio de alguns, mas a possibilidade de gerar justiça e igualdade.
 
Carlos Alberto Rabaça é sociólogo e professor

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

Um Bombom e Um Choro Esquecido - Por Layara Sarti

Os brotos nascidos de um olhar da noite anterior já tinham se secado, mas os olhos inchados e os lábios vermelhos revelavam o choro esquecido de ontem. Procurava-te meu bem entre esquinas e estradas, nas portas eu batia, seu nome freqüentemente pronunciado pela minha boca, queria notícias suas, saber mais de você meu amor. À passos curtos perambulava pela noite deserta, os paralelepípedos sujos eram responsáveis pelo barulho dos sapatos quando tocados no chão, o trotar dos cavalos puxando as carroças de luxo em meio a noite calorosa que ali se encontrava. Em um restaurante beira de esquina, escondido entre os bares mal limpos, saia uma canção vagarosa, enchia-me os ouvidos, era nossa música meu amor, as notas trazidas para mim, soprada pelo vento me lembrando cada vez mais dos teus beijos embalados pela melodia suave, tua voz doce surgindo ao meu ouvindo dizendo coisas boas e tolas, era meu, era teu, era nosso. O céu estava tão iluminado, a lua resplandecia teu amor adormecido, as estrelas com um brilho reverente traziam-me recordações agradáveis que deviam ser abandonadas. Nossos nomes ainda gravados na árvore velha do parque permaneciam intactos e deixava a mostra nosso antigo segredo. Caminhava em passos morosos pelas ruas, sob o sereno, avistei a janela límpida, revelava teu corpo oculto pelas cortinas claras, meu coração batendo descompassadamente, não me contive, fugi em direção a tua porta, corri sem pensar, pisei em poças ocultadas pela noite vazia escura, os sapatos encharcados de água, não me importava com isso, apenas você era meu foco. Cheguei ofegante a tua porta, com pouco fôlego que me restava, suspirei alto e soltei as mãos pesadas sobre a porta fazendo um leve "toc-toc", aguardei quase perdendo todo meu ar, delirando em meus devaneios mais insanos. Lá estava meu amado com um pijama simples e o cabelo desgrenhado, quebrei o silêncio impertinente.
- Oi, meu amor
- O quê? - disse sonolento
- Desculpe-me, velhos hábitos custam a sumir.
- Minha pequena, pensei que não virias mais, sinto tua falta, mas as coisas não podem voltar a ser como era antes.
- Perdoe meu coração, foi uma tolice vir aqui.
- Pequena, não sejas assim tão frágil, conheço teu coração.
- Não, meu bem, tenho que ir, adeus!
Aquelas palavras passavam repetitivamente em sua cabeça "as coisas não podem voltar a ser como era antes", por mais que tentasse, aquilo a feria muito, por algumas vezes até se odiava, por ser desse jeito, orgulhosa, teimosa, não suportava ter que bancar a forte, ela sabia muito bem que era tão frágil e forte ao mesmo tempo, só não gostava de assumir.Tomou para si a dor que se espalhava pelas suas entranhas sem cessar, correu pela noite, com a face banhada por lágrimas que corriam cada vez mais, o vento fazia teu rosto esfriar junto as gotas esquecidas no rosto, foi assim, indo, caminhando.
Estava em casa, jogada pela cama, suspirava leve, juntando os retalhos do coração, só ouvia-se o barulho de sua respiração afobada contra o travesseiro, perdida cada vez mais em seus pensamentos. É ele, sempre foi, as lembranças do amor apagado ainda a seguia constantemente. Voltava sua mente para à noite anterior, ainda remoendo as informações necessárias, tentando entender os motivos mal esclarecidos, não compreendia, por mais que tentasse, a dor concentrada no seu estômago não deixava, haviam frases elaboradas em sua barriga, coisas a se dizer, elas ali presas voavam por todo estômago.
Se parasse para admirar pela janela, notaria que era um dia ensolarado e quente, um dia daqueles que poderia se passar o dia todo na praia, mas não sabia, tampouco se importava e se soubesse não ligaria. Estava apenas com seus pensamentos concentrados em outra coisa, por mais que tentasse pensar em algo que não fosse ele, não dava, era impossível, ela sabia muito bem o quanto lhe fazia mal pensar nele, trazer lembranças para o presente, isso sempre foi muito perigoso.
Levantou-se, um barulho vindo de fora de casa lhe assustara, era campainha, teu coração por mais uma vez disparara, batendo cada vez mais rápido, pensou no seu amado. Não hesitou, saiu em disparado pela porta, corria depressa, disparada ao portão. Ele esteve ali, sabia disso, o perfume dele o denunciara, estava misturado no ar, encontrou um pedacinho de papel debaixo de uma pedra e ao lado um bombom, não sabia o que estava escrito, mas só de sentir teu cheiro, isso a acalmava, tranqüilizava aquele coração aflito e machucado, estava sentindo mais uma vez o doce do amor. Os versos marcados no papel, as palavras bem colocadas, apertou o bilhete contra o peito e sorriu para o céu, chorou, mas de felicidade, pode sentir que o amor adormecido voltara a acordar, o afeto era o mesmo, nada mudara, nada separava. Voltou, sorrindo, cantando e dançando.
O telefone alarmou com a mesma musiqueta irritante, atendeu e disse:
- Alô?!
- Pequena, apenas ouça, não diga nada. Perdoe-me por ser um idiota, perdoe-me, saibas que eu sempre te amei. Eu tentei viver sem você, continuei levar a vida, mas percebi que isso era totalmente inválido, não dava, meus pensamentos voltavam sempre pra você. És minha, então, por favor, abra o portão, eu te espero.
Desligou o telefone, com o coração em chamas, o corpo suando frio, correu até o portão, e o viu ali, bem na sua frente. As palavras da sua boca haviam sumido, mas teus olhos revelavam a felicidade oculta, chegaram cada vez mais perto, segurando às mãos, tocou em seus lábios suavemente, o beijo esperado havia se concretizado, se amavam tanto que perderão a noção do tempo. O choro foi esquecido, o amor adormecido restaurado e renovado, assim levou adiante, sem economia de sentimentos, juntos, isso é que importava, e nada mais.

Noticia Comentada

Para diversificar as postagens aqui no blog, crio a partir de agora duas novidades no blog:

Uma Seção de Textos elaborados por alunos e alunas; professores e amigos para divulgação aqui no blog - em diversos gêneros textuais - para incentivar essa meninada que tem potencial, mas tem vergonha de externar e;

Uma Seção de Notícias Comentadas, referentes a temas que veiculados na net merecem um comentário rápido para refletirmos sobre o mesmo.

Quem estréia aqui no espaço é a aluna Layara Sarti, ANIVERSARIANTE DO DIA, atualmente no 2º Ano de nossa escola.

Fiquem a vontade pra mandar seus comentários e opinar. o Intuito aqui é parecido com uma iniciação científica (no caso textual, rsrsrs) de nossos alunos!
Participe!
Sucesso e Força Sempre pra Vc!
Prof. Marcio - Bezerra - Geografia

sábado, 5 de novembro de 2011

HomeSchooling - Escola em Casa ou Escola na Escola?

http://ultimosegundo.ig.com.br/educacao/no-brasil-convictos-da-ensino-domiciliar-travam-guerra-judicial/n1597354512421.html#comentarios


Nao vou aqui me aprofundar no tema, homeschooling (escola em casa, educação em casa) - até porque merece um post apenas sobre este tema, que é deveras "gostoso", do ponto de vista da polêmica e do debate.

Apesar de não ser pai, eu compreendo o dilema e a preocupação deles em adotar o "homeschooling". Entretanto, creio que é preciso tomar cuidado com extremos na vida. A escola no modelo que está no Brasil, com professores desestimulados, mal pagos, com estrutura caótica, com turmas inchadas, com a cultura tipicamente brasileira do jeitinho, do aprender não vale nada, do que o que importa é o papel (diploma) e não o conhecimento para ser um cidadão pleno, etc. é argumento fortíssimo pra essa prática. 

Porém, vivemos em sociedade. Usamos vários vários serviços nela inseridos todos os dias. Depois da Família, a escola é a nossa segunda residência, nossa segunda forma de conhecer e reconhecer o processo de socialização, mesmo que esteja com problemas.
O importante aqui é reinterar que se os pais não participam ativamente da vida escolar dos seus filhos, na frequencia as aulas, nas lições diárias em sala de aula e para casa, nos trabalhos individuais e de grupo e em todos os eventos propostos pela escola, como "cobrar" do seu filho sucesso e rendimento, se os pais não cobram responsabilidade? 

Sou professor, e vejo realmente muita coisa errada na escola. 
Mas, eu acredito piamente que é através da detecção dos erros que podemos usá-los para reforçar o que é correto. Os alunos, nossos jovens precisam SIM aprender a ter responsabilidades desde cedo; precisam SIM aprender a administrar situações; precisam SIM de vigilância dos pais e dos professores para alcançar seus objetivos. Isso faz parte e é base de uma educação saudável. Não é raro, às vezes, que muitos pais queiram evitar determinadas situações ou ambientes que acontecem nas escolas - chamados de desvios, destruição da ordem e moral, da família, bullying, homofobia, etc., mas que também SÃO REALIDADES frias e cruéis da nossa sociedade fora da escola. Julgo eu, que é preciso deixar as crianças e adolescentes presenciarem isso - É CLARO, ANTES QUE ALGUÉM INTERPRETE MAL: COMBATER E PUNIR E EDUCAR E CONSCIENTIZAR SEMPRE NOS CASOS ACIMA CITADOS  - com a supervisão dos pais TUDO ISSO que consideramos ERRADO para aprenderem a fazer as escolhas certas.

Para saber separar o joio do trigo é preciso conhecer bem o que é joio e o que é trigo. A escola pode trazer coisas ruins para dentro de casa. SIM. Pode trazer coisas boas para as nossas casas? SIM. Nossos adolescentes e crianças também podem levar coisas boas para dentro da escola? SIM. 
É por isso que por mais problemas que existam e que podem ser solucionados - a chamada corrente do bem - é nessa base que eu ainda acredito e que gostaria que mais professores e principalmente, PAIS acreditassem e se lutassem todos os dias!

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

TÔ NA ESCOLA. Ninguém Merece...

“Poxa hoje tem aula...”; “Que saco ir pra Escola...”; “Falta Pouco para eu me livrar dessa chatice...”; “Eu confesso que odeio ir pra escola, os professores são muito chatos...”; “Escola não serve para nada...”; “Não aprendo nada de útil na escola...”; “Acordar cedo pra ir pra escola. Saco!”; “Melhor coisa que tem é perder o horário de ir pra escola!”...

Existem frases mais comuns entre estudantes do meu Brasil Varonil? Com certeza sim. Porém, já tenho um apanhado suficiente pra tecer uma breve consideração sobre o tema: A importância da escola. Ou melhor, qual a importância que a sociedade dá a escola e por conseqüência, do professor?

Podemos reparar que pelo nível dos comentários eu não preciso escrever mais nada. É tão límpida como a água. O que será que a escola tem de tão perverso que afasta os estudantes em sua maioria? Eu confesso que me pergunto freqüentemente, reflito e não chego a conclusão alguma.

Não vou mencionar aqui o discurso repetido e sempre atual de baixa valorização do profissional de educação, da estrutura da escola, do seu currículo cheio de assuntos questionáveis – ao menos para os jovens – da falta de atrativos, da geração rebelde sem causa que se criou desde os épicos tempos finais da moribunda ditadura, etc. O que me preocupa é ver chegar filões de novos adolescentes que simplesmente detestam aprender.

O que mais útil na vida, além de trabalhar, produzir e namorar resta ao ser humano? Na minha concepção: Aprender. É incrível como o estudante brasileiro não valoriza o aprendizado. Não todos. Mas, uma boa parcela, sim. Nossa questão aqui é cultural. Como reverter séculos de confinamento da mente e do domínio do senso comum que escola não serve de nada. O que vale são as amizades, indicações, o famoso “jeitinho brasileiro”. A própria escola não faz a política da MERITOCRACIA. Em minha visão, erro grave. Enquanto outras sociedades valorizam demais o aprendizado, a educação e a ciência - o conhecimento – no Brasil sequer conseguimos redigir textos com poucos erros de português. Um troco simples ou conta só é factível na calculadora. Muitos não sabem determinar um país ou cidade no mapa ou mesmo coteja discursar sobre quem foi Constantino, Friedrich Nietzsche, Rui Barbosa, M. Luther King; Nelson Mandela, etc. Livros então? (Risos). Deixa para outro post.

A crise na educação brasileira é séria e dramática. Antes de resolvermos os problemas das escolas, precisamos vencer o mais grave e difícil de ser vencido: Reverter a cultura do passar é o que interessa. Que aprender não serve para desgraça Nenhuma. Moldar uma nova mentalidade. E isso demanda tempo. E ensino. Mãos a obra.

Márcio Bezerra da Silva. Prof. de Geografia.

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Religião: Se aprende em Casa ou Escola?

Debates são sempre salutares. Na esfera da escola e da educação, mais importante ainda, uma vez que os conjuntos de conhecimentos que devem constar na pauta, no currículo fazem a diferença na formação de nossos jovens.

O tema deste “post” vem em função desta notícia:
Prefeito Sanciona Lei Que Institui O Ensino Religioso Nas Escolas
A disciplina, que é optativa, será oferecida aos alunos do 1º ao 9º ano do Ensino Fundamental a partir de 2012

Link:

O ensino religioso é um tema muito polêmico. Em 2008, o então presidente Luis Inácio Lulla da Silva acordou com o vaticano alguns tratados, entre eles, manutenção de patrimônio religioso com subsídio estatal, caso necessário, e do ensino religioso nas escolas. A idéia em si, não é ruim, mas, acaba se tornando terrível, em função de certas premissas que costumam passar despercebidas. Sou totalmente contrário a instauração desta disciplina.

Em primeiro lugar, me passa a impressão de ferir uma base de nossa constituição onde se lê que o Estado Brasileiro é Laico. Laico não significa q o Estado é Ateu. Em outras palavras, o Estado não pode favorecer ou prejudicar quaisquer manifestações religiosas. Opção religiosa é de foro intimo, individual e intransferível. Compete a cada pessoa ter ou não um credo. O Estado não pode subsidiar, pagar salários, enfim, usar dinheiro de imposto – de teístas e ateístas que contribuem de forma igual – para agradar um lado em detrimento do outro. Não é democrático.

Em segundo lugar, o Publico alvo: crianças do 1º ao 9º Ano do ensino fundamental. As crianças ainda não têm discernimento, sequer bagagem Emocional e RACIONAL para discutir temas religiosos. Muitos adultos que se dizem firmes na fé, quando confrontados, titubeiam, esbravejam e partem pra falácias ou proselitismo gratuito, sem de fato, querer discutir a questão. Sem contar que, nos remete ao primeiro item: são os pais, na educação de questões de valores, moral e ética em sua família que devem resolver isso. É determinar para a escola mais uma função que é incumbência dos pais.

Em terceiro lugar, a ementa, o material: o que deverá ser ministrado. Se o conteúdo fosse história das religiões, por lógica de área de conhecimento, deveria ser encaixado em História. Se bem que, é improvável que se trabalhe este tipo de conteúdo. Assim, existe o perigo de ser apenas um ensino doutrinário. A doutrina não estimula o pensamento crítico. Ela o poda.

Em quarta e última colocação, mas não menos importante, está uma constatação: o ensino no Brasil é péssimo. Sobretudo, em amplas parcelas da escola pública, alvo desta consideração. De sorte que, se conseguíssemos ao menos ensinar com ótima qualidade as matérias do curso básico (português, literatura, matemática, história, geografia, química, física, biologia, inglês, espanhol, filosofia e sociologia), mas nem isso é feito!

Muito mais útil, a meu ver, para a construção de gerações mais apegadas ao pensamento crítico seria o incrementar a filosofia, ou sociologia. Razão, lógica, conhecimento pra domar as trevas da ignorância e do descaso que nos persegue como fantasmas. Se o nosso objetivo é a formação de cidadãos plenos, conscientes e capazes de intervir, mudar a realidade social que os cerca, seria muito mais interessante inserir discussões e noções de política. É dela que as pessoas (principalmente nós, brasileiros) podemos de forma concreta mudar e exigir melhoras nos nossos direitos fundamentais para gozar de boa qualidade de vida.

Márcio Bezerra da Silva. Prof. de Geografia.
Deixarei aqui disponíveis alguns vídeos com opiniões sobre o tema. Caso Interessem, Assista-os.

sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Um Recado aos Professores – 15 de Outubro de 2011.

Existem certas aulas que não aprendemos na escola. Na verdade, muitas coisas na vida se aprendem fora dela. Mas, engana-se profundamente quem pensa dessa maneira. Não existe maior lição de vida e de conhecimento que aquela vivida e absorvida na escola.

Ser professor no Brasil requer um enorme esforço. Muitos vocacionados ao magistério sentem o peso que é abraçar a profissão e missão que é base para todas as outras. Não precisamos repetir sobre a falta de condições, da remuneração abaixo do necessário, das brechas e perda da autoridade que outrora tínhamos, da tripla missão que nos imputam: simultaneamente ser pai/mãe; psicólogo - terapeuta, e enfim professor.

Teríamos muito mais a elencar e filosofar sobre o tema. Porém, hoje não tecerei reclamações. Isso, nós fazemos todos os dias.

"Um professor influencia mais a personalidade dos alunos pelo que é do que pelo que sabe."
#livro Pais brilhantes, professores fascinantes

Nessas poucas linhas que escrevo, quero professar a admiração que tive nessa linda e tortuosa carreira que escolhi. Desde que adquiri noções básicas e consolidadas de “tentar pensar como gente grande” – começava a adolescência – era isso que eu queria fazer. Não me imagino fora da sala de aula. Lembro-me constantemente dos professores tão diferentes em seus estilos de vida, da maneira de ensinar, do seu palavreado, da forma que se postavam em relação às turmas, no carinho, no medo ou no pavor que sua figura gerava em cada um de nós, alunos aquela altura.

Essas lembranças que hoje guardo com carinho e bom humor de meus ex-professores é o que me fazem continuar firme. As tenho em mente, agora, enquanto professor. Sei que onde passamos, em cada turma, em cada sala de aula, deixamos marcas indeléveis, boas ou ruins, sábias ou ignorantes, geniais ou estúpidas, mas que estão lá registradas... ah, se estão.

E nesse dia, dia do professor, quero deixar como mensagem aos meus ex-professores, e também aos atuais, colegas e amigos de labuta diária em diversas salas de aula, aqueles com os quais muito aprendi por que muito me ensinaram, não só conteúdos de geografia, história, português, matemática... Mas, sobretudo, de enxergar como é bela e promissora a vida desde que bem vivida e pautada na dignidade e afinco aos estudos:
O MEU MUITO OBRIGADO, MESTRES!

Parabéns pelo seu dia, Professor(a)!
Márcio Bezerra da Silva. Prof. De Geografia.


 Ensinando e Aprendendo - Isso é ser professor!

domingo, 9 de outubro de 2011

7º Ano - Desigualdade Regional no Brasil – Propostas Separatistas


As desigualdades regionais no Brasil têm suscitado até mesmo propostas separatistas, isto é, de pessoas ou políticos que apregoam a autonomia ou separação de sua região - principalmente o Nordeste e o Sul do país - como forma de superar o subdesenvolvimento. A partir dos anos 1980, com a crise econômica e social do país, essas idéias tiveram maior difusão.




No caso do Nordeste e da região Norte, argumenta-se que essas regiões são sacrificadas pela prioridade dada ao Centro-Sul; funcionando como unidades políticas autônomas, seria maior a industrialização e desenvolvimento destes novos estados. Alguns políticos e intelectuais nordestinos e nortistas divulgam esse ponto de vista, onde essas regiões são potencialmente ricas e, que por si só, iriam melhorar a si mesmas e ao restante do país. O que em parte, não é falso. Existem mesmo muitas potencialidades para alavancar a Região.

Apesar de existirem alguns elementos verdadeiros em todos esses argumentos, na realidade eles são falsos em suas conclusões.

Algumas áreas do Nordeste são, de fato, grandes fornecedoras de mão-de-obra barata e matérias-primas para o Centro-Sul, especialmente para suas áreas mais industrializadas, que, por sua vez, fornecem bens manufaturados àquelas regiões. Mas não apenas elas desempenham esse papel; também inúmeras áreas do Centro-Sul se baseiam na agropecuária ou na mineração, fornecendo força de trabalho para as partes mais industrializadas dessa região do país. Uma boa parte dos trabalhadores em São Paulo, por exemplo, vieram do interior de Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Goiás e de outros estados não nordestinos.

Mesmo no Nordeste há áreas industrializadas que recebem migrantes. Basta ver que em duas décadas e pouco, de 1980 a 2005, a Bahia - e em particular o Recôncavo - foi uma das áreas que conheceram maior crescimento industrial no Brasil. Também, outros estados nordestinos, como Ceará e Maranhão, conheceram nesse período crescimento econômico superior à média do país e até do Centro-Sul. Além do mais, baixos salários não constituem uma característica tão-somente do Nordeste, mas do Brasil em geral. Não são apenas os operários nordestinos que recebem baixos salários no parque industrial de São Paulo ou de Belo Horizonte, mas a maioria dos trabalhadores de forma geral. 

O governo deve investir mais em regiões mais pobres como forma de tentar diminuir as desigualdades espaciais.

Investir em áreas - cidades ou regiões ­ mais pobres, tirando uma pequena parcela dos recursos dos locais mais ricos, é legítimo e justificável por vários motivos, além de corrigir os desequilíbrios regionais. Um deles é gerar empregos para conter nessas regiões mais pobres ou menos desenvolvidas o grande número de migrantes que vai para as demais áreas do país, onde contribuirão para agravar os problemas de falta de moradia ou de infra-estrutura (transporte coletivo, asfalto, eletricidade, água tratada, etc.), que exigem investimentos muito maiores do que aqueles transferidos para as localidades mais pobres. Outro é contribuir para a conservação ambiental e dos patrimônios culturais, pois, em geral, apesar de existirem exceções, as áreas mais pobres ou menos industrializadas possuem paisagens naturais (ou, às vezes, também heranças de outras épocas, isto é, patrimônios culturais tais como estilos de arquitetura, tipos de cidades do passado, etc.) menos transformadas que as regiões mais industrializadas.

Problemas Comuns

Há, na realidade, uma série de problemas ou distorções comuns em todo o país, apesar das particularidades regionais e locais, e que devem ser enfrentados em conjunto: excessiva concentração na distribuição social da renda e das terras, corrupção em larga escala e mau uso dos recursos públicos, altos níveis de criminalidade em geral, escolarização precária e deficiente, péssimo sistema previdenciário e de saúde pública, enorme insuficiência de moradia popular, etc. De nada adiantaria a autonomia de qualquer região sem modificar esse conjunto de problemas.

Não há dúvida de que, como argumentam vários autores, quanto menor for à extensão geográfica e o efetivo populacional de uma unidade política, maiores serão as chances de haver uma democracia mais participativa. O controle dos cidadãos sobre o uso dos recursos públicos, com uma maior facilidade de fiscalizar, de ver o que está sendo feito, de saber quem é quem, etc. tornam-se vitais, independente de quantos Estados existam. Mas, isso é apenas teoria e nada garante que todo separatismo ou nova divisão político-territorial vá de fato produzir esses resultados.

Na verdade, muitas idéias de separatismo como solução para os problemas locais costumam ser uma forma de desviar a atenção, de esquecer as origens sociais e políticas desses males e colocar em seu lugar uma diferenciação espacial ou territorial. Em muitos casos, trata-se apenas de tentativas de mistificar a realidade, encontrando um bode expiatório - seja o Centro-Sul, seja o Nordeste - para as verdadeiras causas do subdesenvolvimento nacional.

Para finalizar essa análise, vejam:
1º Vídeo: Brasil - Novas Federações - imagem mostra o que muda se aprovada criação de novos Estados
http://www.youtube.com/watch?v=WyYTJFef7eM
2º Vídeo: Especialistas debatem sobre a criação de novos estados no Brasil Parte 1/2
 

http://www.youtube.com/watch?v=O_nzURi8ObI&feature=related

(caso ocorra algum erro com os vídeos, copie e cole no seu navegador o link disponvel!)
Refletindo sobre os Vídeos: Após assistir os 2 vídeos, Escreva um pequeno texto expondo sua análise sobre a criação de novos estados para o Brasil.

Pensando sobre o Texto:
1) Explique em quantas unidades e quais os fundamentos das propostas separatistas admitidas no texto.

2) Usando suas palavras, Justifique, em linhas gerais, Quais foram os argumentos usados para se perceber que as conclusões separatistas são falsas?

3) Elenque os principais desafios que são comuns as diferentes regiões do Brasil.